A convicción profunda da actualidade da revolución, fai necesaria a organización política da clase obreira.

G. Lukács
 

miércoles, 16 de junio de 2021

A COVID, OS GOVERNOS DA UE E AS MULTINACIONAIS FARMACÉUTICAS

Ángeles Maestro *

Num cenário de profunda crise geral, de hegemonia capitalista na luta de classes e quando o espaço para as reformas já se esgotou há muito tempo, constata-se que, apesar de a pandemia ter revelado as dramáticas insuficiências da saúde pública, os recursos públicos têm sido exclusivamente destinados às companhias privadas. […] O trágico paradoxo é que foram precisamente as dúvidas das próprias multinacionais farmacêuticas sobre a segurança dos seus fármacos que levaram ao escandaloso acordo destas empresas com a UE. São os respetivos governos, com dinheiro público, que pagarão as indemnizações por efeitos adversos das vacinas.

 O desenvolvimento da pandemia de Covid 19 caracterizou-se, do ponto de vista mediático, por uma estratégia destinada a gerar confusão, medo e impotência. O procedimento é o de um avassalador bombardeamento de notícias sem o mais elementar rigor científico – por exemplo, usam-se números absolutos e não taxas (relação entre o número de casos e a população) para avaliar a incidência, de modo que qualquer comparação é absurda – e por um encobrimento sistemático de informações que suscitem algumas dúvidas sobre a versão oficial, incluindo as provenientes das fontes mais conceituadas.